sábado, 13 de outubro de 2012

Te vejo


Na cor da parede, na cortina, nas minhas roupas, no espelho, na televisão ligada, nos atores do filme, na trilha sonora, nos livros, na estante, na minha cama, no cheiro dos cobertores, no travesseiro, no cachorro de pelúcia, no meu quarto. Na cor da casa, no céu, na estrela cadente, no som vindo da panela na cozinha, no banho, na minha cachorra, nas minhas fotos, no meu computador... nas plantas, no banco esquecido no canto da sala, nas bebidas fechadas, no controle da tv, nas conversas, na rua, na calçada, no bar da esquina. Nos toques do celular, no quadro da parede central da sala, no tapete de crochê, no meu esmalte escuro, nos seus amigos, nos meus amigos, em todos os cães das ruas, nos doces da padaria, no meu programa de tv preferido. Na maçaneta da porta, nas panelas novas, nas panquecas, nas pessoas... nas crianças ruivas, nos lanches do Mc Donalds, no cinema, na Avenida Nações Unidas, no jeito errado que as pessoas falam, nas cores. Na maquiagem do meu rosto, no meu vestido curto, na cor do meu cabelo, na minha pele, nos meus costumes, no meu modo de falar, na minha vida, em mim... te vejo.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Só sei falar de amor


Você já foi lá fora hoje? Já viu como o céu tá azul escuro e rosado ao mesmo tempo? Está tão lindo, tudo parece estar se encaixando pra essa ser a nossa noite. Me dá a mão, vamos sair correndo por aí até a gente se cansar e estar em um lugar completamente diferente. Sai da sua zona de conforto e me trás umas flores. Vamos tomar um café naquela lanchonete com aqueles bancos legais, pedir umas panquecas e dois sorvetes. Me faz rir. Me faz ficar apaixonada por você. Vem, me dá a mão. Nós vamos pra casa, jogar o colchão no chão, todas as minhas almofadas coloridas, vamos ligar o rádio e abrir um vinho... ah, liga a tv também, mas deixa no mudo,  em algum filme bobo. Dança comigo? Cuidado com a taça de vinho! Nós poderíamos passar a noite toda sem dormir, jogando vídeo game,  vendo a chuva cair, conversando e rindo. E se a gente fizesse um filho? A noite está tão linda. Sabe, eu quero passar o resto da vida com você, mas nesse exato momento... como tudo está agora, tudo lindo, tudo azul, tudo com cheiro de flores. Me ama. Me aperta, me beija.  Senta aqui comigo, me faz carinho, me conta da sua vida. Qual sua cor preferida? Qual sua música preferida? Vem, vamos dançar...

(ouvindo Vampire Weekend)

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Qualquer nome romântico


Queria me teletransportar agora pra outra dimensão com você pra saber se você ainda iria me amar, se ainda iria me contar as suas piadas idiotas só pra me ver sorrir. Você ainda teria cheiro de sabonete floral no pescoço? Nós teríamos tempo pra ficar olhando um pro outro, sem dizer nada, até as duas da manhã? Será que nós ainda não teríamos responsabilidade nenhuma e poderíamos fazer o que nós bem entendêssemos? Será que nós iríamos nos preocupar com o horário de dormir ou então ficaríamos acordados até o dia amanhecer, pensando na vida, assistindo filmes, conversando e rindo como nós costumávamos fazer? Em outra dimensão, seria possível o seu sentimento por mim ser exatamente como era? Talvez você me levasse pra jantar, com uma margarida em uma mão e um cigarro na outra e no fim da noite me levaria pra casa e ao invés de me dar um beijo de boa noite e ir embora, você entraria e nós ficaríamos fazendo mil planos na minha cama.  Será que dá pra você me trazer umas flores? Talvez umas margaridas, um cravo branco e aquela flor azul que eu adoro tanto, mas não sei o nome. Sei lá, vamos fugir... fugir pra bem longe, pra outro planeta, outra galáxia. Vem, me dá a mão.